RESENHA

Resenha do filme “A arte de gerenciar pessoas na pequena empresa”
O filme “A arte de gerenciar pessoas na pequena empresa”, apresentado pelo professor Mário Donadio, aborda maneiras de se obter o sucesso na gerência das pequenas empresas.

Mário Donadio inicia fazendo a análise de alguns termos importantes que dão título ao filme. A “arte” é colocada por ele como um processo criativo ou a própria capacidade criativa. Para tanto, a pessoa deve saber determinadas técnicas. “Gerenciar” significa obter resultados, atendendo as expectativas dos seus empregados. E, por último, Donadio define “pessoa”, por conceitos elaborados por dois sociólogos, Kant e Monier. O primeiro afirma que pessoa não é recurso, pois tem dignidade, portanto isso deve ser lembrado na tentativa de gerenciá-la. Já Monier diz que a pessoa se caracteriza pela necessidade de criação. Após a análise dessas três palavras, Donadio fala a respeito do “efeito bumerangue”, o qual todos nós estamos sujeitos. Esse efeito caracteriza a armadilha de percebermos as pessoas através de preconceitos, de forma que aquilo que produzimos (nesse caso, o preconceito) irá voltar para nós. Isso faz com que os administradores tenham que ficar alertas, devendo construir uma visão otimista dos empregados para obter melhores resultados. Para isso, antes de tentarmos gerenciar as pessoas, é preciso que nos conheçamos melhor, afim de não transformar essas pessoas naquilo que não queremos. O segundo bloco do filme trata da complexidade das aspirações do ser humano. Donadio divide as aspirações das pessoas em dois tipos: simples e complexas. As aspirações simples são classificadas como simples (ou até básicas), pois são pré-requisitos para que qualquer pessoa consiga trabalhar. Por exemplo, todo funcionário que um bom salário, conforto no emprego, garantias e justiça. Mas o que vem a ser justiça? Justiça significa que não se pode resolver os assuntos da pequena empresa na base da amizade, portanto deve haver regras claras que se aplicam a todos. Já as aspirações complexas, assim o são, pois requerem algum esforço adicional para serem atendidas. Neste caso, deve-se energizar as pessoas, apresentar desafios e dar tarefas difíceis a elas, pois a maioria delas está buscando aprendizados e crescimento profissional. É bom lembrar que nada energiza tão bem as pessoas quanto o dinheiro. Portanto, percebe-se uma relação entre os dois tipos de aspirações, mas as complexas exigem um conceito de justiça mais adequado: As pessoas devem ter seu valor na empresa confirmado. Elas devem saber que são importantes e, à medida em que aumenta o nível de importância, os salários devem ser melhores. Conclui-se então que “justiça é tratar desigualmente os desiguais”. Além de melhores salários, as pessoas mais importantes aspiram maiores liberdades e, com certeza, elas merecem. A terceira parte fala sobre os tipos de prontidão das pessoas, ensinando que gerenciá-las significa obter resultados através do atendimento de suas aspirações, e não esperar obediência delas. As prontidões profissionais abordadas são o conhecimento técnico, que varia da inexperiência à experiência, e as aspirações, que podem ser simples ou complexas. A combinação dessas prontidões forma o perfil de quatro tipos de profissionais. São eles: os aprendizes, os potenciais, os frios e os empreendedores. Com relação a esses perfis, existem diferentes maneiras de lidar com cada um deles. O aprendiz, por exemplo, possui aspirações simples, além de ser inexperiente, portanto, necessita de tarefas determinadas e uma supervisão rígida. Os frios possuem experiência, mas tem aspirações simples e necessitam de envolvimento no processo decisório e “cuidado humano”, no sentido de que é preciso demonstrar confiança neles. Os potenciais são inexperientes, porém possuem aspirações complexas. Esse é o tipo de empregado que gosta de aprender, portanto requer treinamento com instruções claras e acompanhamento técnico. E, por último, os empreendedores, que são profissionais experientes que tem aspirações complexas. Estes precisam de envolvimento e querem que suas aspirações, como parcerias, autonomia, desafios e liberdade, sejam atendidas. É importante salientar que se deve dar a eles participação financeira de acordo com os resultados da empresa, com objeto de mantê-los na empresa e não os perder para o mercado. Donadio demonstra que o papel do bom administrador na gerência de uma pequena empresa é transformar todos os funcionários em empreendedores. No último bloco do filme, o professor Donadio salienta a importância do trabalho em grupo dentro da pequena empresa, como forma de envolver as pessoas no processo decisório. Assim, ele define os passos para o trabalho em grupo, que tem como finalidade maior os resultados. O pequeno empresário deve, portanto, não perder o foco do resultado, orientando todo grupo a opinar sobre as decisões e formas de chegar ao resultado, documentando cada decisão tomada nas reuniões. Formatando assim a empresa moderna que não é mais orientada pela hierarquia e sim pelo processo decisório. Nesse contexto o grupo é visto como um veículo que leva ao objetivo do empresário, o qual deve cuidar do processo grupal, ou seja, dirigir o grupo eficientemente. Por fim, Donadio apresenta cinco receitas básicas para o sucesso do pequeno empresário, recapitulando resumidamente cada um dos blocos apresentados. Sendo elas, o conhecimento de si mesmo, a atenção às aspirações das pessoas, o agir de acordo com a prontidão de cada funcionário, buscar e preferir os processos grupais e estimular a formação de empreende-dores. Assim, o professor conclui que através dessa adequação do pequeno empresário, aos detalhes administrativos, ou seja, a arte de gerenciar pessoas, ele pode alcançar o sucesso e quem sabe transformar sua pequena empresa numa empresa de grande porte.Considerações Finais: A palestra sobre o gerenciamento de pessoas nas pequenas empresas, apresentada no formato de filme, pelo professor Mário Donadio, demonstra as peculiaridades da gerência, no momento em que ele coloca o ato de gerenciar como uma arte, ou seja, um processo criativo, que depende de habilidades do empresário. Mostrando o ato de gerenciar no seu formato atual, onde não se visualiza as pessoas mais como recursos humanos, e sim como colaboradores para o sucesso. Um filme que proporciona um crescimento ao gerente que pode observar novas estratégias para as empresas e no nosso caso, como estudantes, enriquece nosso aprendizado dentro da área da administração com qualidade.
Autoria:
Texto redigido por Henrique Santana e Érika Alice Carvalho em cumprimento de tarefas da disciplida Qualidade e Processos de Trabalho.

0 comentários: