Crise Americana [2]

Apesar das altas generalizadas das bolsas de valores em todo o mundo, registradas ontem , em resposta a medidas de apoio à liquidez bancária, adotadas simultaneamente por países ricos ou em desenvolvimento, alguns analistas do mercado financeiro, no Brasil, ainda não acreditam que a reação das economias se dará de forma crescente e constante.

É o caso do consultor Décio Pecequilo, da TOV Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários. Ele acredita que “as altas de hoje refletem apenas a expectativa do recente anúncio da força-tarefa de diversos países, porém isso não quer dizer que a crise deixou de existir ou mesmo que os investidores já recuperaram a confiança”.

Segundo Pecequilo, até o momento, “estamos indo na onda do que foi anunciado”. Ele alerta que existe grande distância entre o discurso e a implementação do pacote. Ou seja: como será injetado o dinheiro na economia e por quanto serão comprados os chamados ativos podres, principalmente pelos Estados Unidos e pelos países europeus mais diretamente afetados pela crise das hipotecas imobiliárias.

Por sua vez, o chefe do Departamento Econômico do Banco Schahin, Sílvio Campos Neto, acha que qualquer previsão é arriscada diante das perspectivas de volatilidade ainda elevada nos preços dos ativos, com oscilações fortes nos mercados de ações e no câmbio.

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